Empresários apontam aumento de custos e interferência na gestão dos estabelecimentos
O setor de alimentação fora do lar em Santa Catarina está em alerta devido a um projeto de lei que obriga a disponibilização de cardápios impressos em bares, restaurantes e lanchonetes. A proposta, em tramitação na Assembleia Legislativa, é vista como um retrocesso por empresários do ramo.
Juliana Debastiani, presidente da Abrasel-SC, afirma que a medida impõe custos adicionais a um setor já fragilizado pela pandemia. “Muitos estabelecimentos investiram em cardápios digitais, e agora teriam que arcar com a impressão, o que é inviável para muitos”, destaca.
O deputado estadual Vicente Caropreso é o autor do projeto, que foi rejeitado pela Comissão de Economia da Assembleia. O relator, deputado Matheus Cadorin, argumenta que a escolha do formato do cardápio deve ser do empresário, respeitando a liberdade de gestão.
Dados da Abrasel mostram que 40% dos estabelecimentos já utilizam cardápios digitais, e 25% estão em processo de adoção. Juliana ressalta que o setor ainda lida com dívidas e altos custos operacionais, tornando a obrigatoriedade do cardápio impresso um fardo adicional.
“É uma interferência desnecessária que pode prejudicar a recuperação do setor”, conclui.