Anderson Pomini, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, confirmou em reunião esta semana que o complexo portuário de Itajaí deverá receber R$ 689 milhões em investimentos até 2030 para ampliar a capacidade de atracação de navios de maior porte e também para um novo terminal de cruzeiros. Só a obra da dragagem para aprofundamento do canal deverá receber investimentos de R$ 90 milhões, com prazo estimado para outubro de 2027. A readequação do Molhe de Navegantes deve consumir R$ 64 milhões, com prazo de conclusão em setembro de 2028, enquanto as obras na bacia de evolução estão previstas em R$ 68 milhões e devem encerrar em abril de 2027.
Também estão projetados recursos para a compra e instalação de novos equipamentos e a readequação das subestações de energia e iluminação. Intervenções para a contenção da margem direita do canal ao longo da Avenida também estão previstas, além de obras de adensamento do Recinto Alfandegado Contíguo, e a retirada do navio Pallas, submerso há mais de 120 anos.
Pomini destacou que R$ 300 milhões serão investidos até 2030 em um novo píer para receber navios de cruzeiro, o que traz uma perspectiva de ainda mais turistas para a cidade de Itajaí e o estado. O diretor da APS destacou ainda outros benefícios para o complexo portuário a partir da gestão federal. Ele citou, entre elas, a rígida governança e a necessidade de seguir a lei das estatais.
Depois de todas essas informações, o questionamento é válido: vale realmente a pena bater de frente com o Governo Federal? Sabemos que, infelizmente, nenhum governo ou político é totalmente imparcial, que eles sempre “puxam a sardinha (porque tainha não pode para não atingir a cota)” para aqueles que estão ao seu lado. Também não é preciso parar de fiscalizar ou questionar, é possível fazer isso de uma forma polida e protocolar. Agora, bater boca nas redes sociais, dando margem para uma queda de braço sem fim é que não é, definitivamente, a melhor maneira de cobrar resultados.
Enfim, o investimento no Porto de Itajaí é a prova de que há recursos quando há interesse.
Baleias Francas

A deputada federal Geovânia de Sá se reuniu com o secretário especial de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, André Ceciliano, para tratar do Projeto de Lei que propõe a redução da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, em Santa Catarina. O secretário considerou a proposta viável e se comprometeu a trabalhar para que o projeto seja incluído na pauta do governo nos próximos dias. O projeto, de autoria da deputada, busca excluir da APA a faixa terrestre atualmente abrangida pelo decreto de criação da unidade, concentrando a proteção no ambiente marinho, habitat natural das baleias francas. A medida visa harmonizar a preservação ambiental com o desenvolvimento urbano e econômico de municípios da região sul catarinense, como Jaguaruna, onde a APA cobre cerca de um terço do território.
Tributação na construção civil
O advogado Rodrigo Schwartz, sócio do Núcleo Tributário e Aduaneiro da Menezes Niebuhr, ao lado de Carlos Berenhauser Leite, presidente do Sinduscon Grande Florianópolis, conduziu um bate-papo sobre os impactos da Reforma Tributária no mercado da construção civil. O encontro teve como proposta o debate sobre os desafios e oportunidades que as mudanças trazem para um dos principais segmentos da economia brasileira. Sendo que, o tributarista lembra que a precificação e a forma como o setor vai encarar o IBS e CBS será fundamental para garantir o sucesso de um empreendimento imobiliário.
Banco da Família
Com sede em Lages e forte presença em Santa Catarina, o Banco da Família liberou R$ 10,6 milhões em crédito no primeiro trimestre de 2025 — um crescimento de 8,77% em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque vai para o aumento do ticket médio das operações, que superou os R$ 8 mil, refletindo maior investimento dos microempreendedores catarinenses em expansão e modernização de seus negócios.
Segundo a diretora de Mercado, Elaine Amaral, o perfil das operações mudou: houve queda nos pedidos de capital de giro e alta expressiva nos financiamentos voltados à compra de equipamentos, reformas e melhorias estruturais — com crescimento de 170% nesse tipo de crédito. A inadimplência foi controlada, encerrando o período em 4,46%.
Saneamento básico
Os deputados Matheus Cadorin (Novo), Napoleão Bernardes (PSD) e Rodrigo Minotto (PDT) apresentaram na Alesc o projeto de lei (PL) que cria o Programa de Saneamento Catarinense, com o objetivo principal de implantar um modelo de gestão de saneamento que prioriza a autonomia dos municípios, a redução do custo do serviço para a população, e que permita o atendimento das metas do Marco Legal do Saneamento.
O modelo visa à descentralização e à cooperação, promovendo a regionalização e o estímulo à concorrência via concessões e será analisado por cinco comissões permanentes da Alesc antes de ser votada em plenário.
A iniciativa foi elaborada com base nas sugestões apresentadas por várias entidades durante a tramitação de proposta do Poder Executivo que tratava da criação da Microrregião de Águas e Esgoto de Santa Catarina.
Candidatos
O deputado estadual Fabiano da Luz oficializou sua candidatura à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) de Santa Catarina. Atuando como líder do partido na Assembleia Legislativa nos últimos seis anos, o parlamentar tem se destacado por sua oposição ao governo Jorginho Mello (PL) e sua forma de se comunicar. Além dele, a vereadora de Florianópolis Carla Ayres, o deputado estadual Padre Pedro Baldissera também estão na disputa. O nome da deputada Luciane Carminatti é cotado, mas ainda não foi confirmado. O prazo de inscrição das candidaturas termina nesta sexta-feira, 9.
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